BI-RADS

O que é o BI-RADS?

Ao receber o resultado de uma mamografia, ultrassom ou ressonância magnética das mamas, muitas pacientes se deparam com a sigla BI-RADS seguida de um número. Esse termo pode gerar dúvidas e preocupações, mas entender seu significado é fundamental para interpretar de maneira adequada o exame e saber os próximos passos.

BI-RADS é a sigla para Breast Imaging Reporting and Data System. Foi criado para padronizar os achados dos exames das mamas, tornar os laudos mais claros e uniformizar a interpretação e conduta sugeridos.

Ainda assim, pode haver alguma discordância de interpretação de acordo com a experiência de cada radiologista.

Quais são as classificações do BI-RADS?

A classificação e a conduta sugerida são baseadas nas características dos achados e na chance de lesões como aquela corresponderem a um câncer de mama.  Um nódulo ovado, com os limites bem visíveis, por exemplo, é uma achado benigno na grande maioria da vezes. Já quando apresenta forma mais redonda ou limites mais irregulares, pode representar um câncer de mama em um numero maior de casos e deve, portanto, ser investigado.

A classificação BI-RADS varia de 0 a 6, mas somente os laudos com BIRADS 1 a 5 nos dão informações sobre a “suspeição” de um achado.

• BI-RADS 0 é um exame inconclusivo. São necessárias imagens adicionais, complementação com outro método de imagem  ou comparação com exames anteriores para adequada interpretação e definição de conduta.
• BI-RADS 6 é utilizado quando o exame esta sendo realizado em paciente com câncer já confirmado por biópsia, mas que está sendo submetida a um método adicional para melhor avaliação de seu caso ou para reavaliação após um tratamento inicial ( como a quimioterapia)

Quanto às categorias que definem a “suspeição” dos achados da imagem:

• BI-RADS 1: indica exame normal. Não há alterações. A recomendação é manter o rastreamento de rotina.
• BI-RADS 2:  São identificados somente achados benignos. São alterações naturais da glândula mamária e não representam risco adicional de câncer.  Para estas pacientes também deve ser mantido o rastreamento de rotina adequado à sua idade e fatores de risco.
• BI-RADS 3: Identificados achados provavelmente benignos.  A chance de câncer para achados com estas características é muito baixa (menor que 2%). Nestes casos, orienta-se o controle precoce ( a cada 6 meses) durante o primeiro ano e, se mantida a estabilidade, a cada 12 meses por mais 2 a 3 anos.
• BIRADS 4: Achados suspeitos. É um grupo amplo de achados com uma possibilidade intermediária de malignidade (ao redor de 20-30%). Nessa categoria estão, por exemplo, nódulos com alguma irregularidade no contorno ou mamografia que apresenta microcalcificações agrupadas ou áreas com característica “distorcida” da glândula mamária. Recomenda-se a realização de biópsia para esclarecer o diagnóstico.
• BI-RADS 5: Achados altamente suspeitos para malignidade. A probabilidade da biópsia evidenciar um câncer nesses casos é muito alta (ao redor de 95%). Ainda assim, o diagnostico definitivo somente será possível por meio da biópsia.