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Câncer de mama

câncer de mama
Imagem meramente ilustrativa - Banco de imagens: Freepik

O câncer de mama é uma das doenças mais prevalentes entre as mulheres em todo o mundo, sendo uma das principais preocupações de saúde pública. Apesar disso, os avanços no diagnóstico precoce, nas opções de tratamento e na conscientização têm aumentado significativamente as chances de cura e melhorado a qualidade de vida das pacientes.

Neste texto, abordaremos os principais aspectos relacionados ao câncer de mama, incluindo sintomas, fatores de risco, tipos, tratamentos e estratégias de prevenção, além de informações sobre recidivas e metástase, reforçando a importância do acompanhamento médico regular.

O que é câncer de mama?

O câncer de mama é caracterizado pelo crescimento anormal e descontrolado das células da mama. Essas células podem formar um tumor maligno, que possui a capacidade de invadir tecidos próximos e, em alguns casos, se espalhar para outras partes do corpo por meio da corrente sanguínea ou do sistema linfático.

Sintomas do câncer de mama

Os sintomas do câncer de mama podem variar, mas o mais comum é o aparecimento de um nódulo endurecido e, geralmente, indolor na região da mama ou axila. Outros sinais incluem alterações no formato ou tamanho da mama, mudanças na pele da mama, como aspecto semelhante a casca de laranja ou retrações, alterações no mamilo, como secreção ou inversão, e inchaço ou caroços na região das axilas ou pescoço.

Vale lembrar que, em estágios iniciais, o câncer de mama pode não apresentar sintomas, reforçando a importância do rastreamento regular com mamografia e eventuais exames adicionais solicitados por seu/sua médico/a.

Como é feito o diagnóstico do câncer de mama?

O diagnóstico do câncer de mama envolve uma combinação de exames clínicos e de imagem. Inicialmente, o/a médico/a realiza a avaliação clínica, que inclui a análise dos sintomas relatados e o exame físico das mamas e axilas.

Se houver suspeita, são solicitados exames de imagem, como:

  • Mamografia: Principal exame de para detectar alterações suspeitas na mama, mesmo em estágios iniciais.
  • Ultrassonografia: Auxilia nas identificações de nódulos por vezes não observados à mamografia, principalmente em mamas densas, na diferenciação entre nódulos sólidos e cistos e na avaliação dos linfonodos axilares.
  • Ressonância magnética (RM): Indicada em casos específicos para complementar o diagnóstico.
  • Biópsia: Caso sejam identificadas alterações suspeitas, é realizada a biópsia, onde uma amostra do tecido mamário é coletada e analisada por uma equipe de patologistas para confirmar a presença de células de câncer. A biopsia é normalmente dirigida por mamografia ou ultrassonografia e realizada sob anestesia local.

O diagnóstico precoce, por meio de exames regulares, é fundamental para aumentar as chances de tratamento bem-sucedido.

Fatores de risco para o câncer de mama

Os fatores de risco para o câncer de mama podem ser divididos em modificáveis e não modificáveis, influenciando a probabilidade de desenvolver a doença.

Fatores não modificáveis:

  • Sexo feminino:  O câncer de mama também pode acometer homens, mas é mais de 100 vezes mais comum entre as mulheres.
  • Idade: O risco aumenta com o envelhecimento, principalmente após os 50 anos.
  • Histórico familiar: histórico familiar de câncer de mama, ovário, pâncreas, entre outros pode denotar a presença de uma mutação genética (como as mutações dos genes BRCA1 e BRCA2) que eleva o risco para o câncer de mama.
  • Histórico pessoal: Mulheres que já tiveram câncer de mama ou alguns tipos de nódulos benignos prévios estão mais vulneráveis.

Fatores hormonais: Menarca precoce (primeira menstruação antes dos 12 anos) ou menopausa tardia (após os 55 anos).

Fatores modificáveis:

  • Obesidade: O excesso de peso após a menopausa está relacionado ao aumento do risco.
  • Sedentarismo: A falta de atividade física regular pode contribuir para o desenvolvimento do câncer.
  • Consumo de álcool: O uso excessivo de álcool eleva a probabilidade da doença.
  • Uso de hormônios prévios: O uso prolongado de contraceptivos hormonais ou a terapia de reposição hormonal na menopausa podem estar associados a um discreto aumento da incidência de câncer de mama. Mas calma! Tanto os contraceptivos como a terapia hormonal na menopausa podem ter indicações específicas e ser benéficos para outras situações, de maneira que seu uso deve ser cuidadosamente conversado com seu/sua médico/a.

Reconhecer os fatores de risco é essencial para adotar hábitos de vida saudáveis e realizar exames preventivos regularmente, reduzindo as chances de desenvolver a doença.

Quais são os principais tipos de câncer de mama?

Os diferentes tipos de câncer de mama se referem às células específicas que foram afetadas.

A glândula mamária é composta principalmente por:

 – alvéolos: que produzem o leite (grupamentos de alvéolos são chamados lóbulos mamários)

 – ductos: que conduzem o leite até o mamilo.

Essas são as estruturas que darão origem à maioria dos tipos de câncer de mama.

 Carcinoma in situ

In situ significa um câncer que teve início no lóbulo ou no ducto e não ultrapassou sua parede, não invadindo os tecidos ao redor.

Ele pode ter origem no ducto (carcinoma ductal in situ) ou no lóbulo (carcinoma lobular in situ).

Carcinoma Invasivo

Um câncer de mama invasivo ou infiltrante, por sua vez, é aquele que ultrapassa o limite da parede do ducto ou do alvéolo e acomete estruturas do tecido mamário circunjacente.

Carcinoma invasivo do tipo não especial

Previamente chamado de carcinoma ductal, representa cerca de 70 – 80% de todos os casos de câncer de mama e se inicia na parede do ducto mamário.

Carcinoma lobular invasivo

É o segundo tipo mais comum de câncer de mama, respondendo por cerca de 10% dos casos. Esse tipo de tumor é originado nas células dos lóbulos/alvéolos.

O carcinoma invasivo tem origem nos ductos mamários, responsáveis pelo transporte do leite materno, enquanto o carcinoma lobular invasivo se desenvolve nos lóbulos, onde ocorre a produção do leite.

Subtipos Histológicos

As células da mama têm algumas características específicas que podem estar alteradas nas células tumorais (sendo expressas em excesso ou em menor quantidade do que na célula mamária normal).

As principais características estudadas na célula tumoral são:

  – Receptores de estrógeno e de progesterona: são os locais onde as moléculas dos hormônios estrogênio ou progesterona se ligam para atuar na célula

 – HER-2: é uma proteína fundamental para a proliferação celular. Quando está expressa de maneira excessiva pode aumentar a taxa de proliferação do tumor.

 – ki67: é uma proteína do núcleo da célula que mostra a taxa de proliferação celular. Sua expressão é medida em porcentagem. Quanto maior o valor, maior a taxa de proliferação do tumor.

Essas características são determinadas por um exame adicional (realizado na amostra da biópsia) chamado Imunohistoquimica, e são fundamentais para guiar o tratamento do câncer de mama, uma vez que constituem “alvos” para os quais podem ser usados medicamentos específicos.

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Quais são os estádios da doença?

Tais estádios são definidos a partir da extensão e da gravidade da doença, e têm como parâmetros:

  • Características do tumor nas mamas, como subtipo, tamanho, entre outros;
  • Características dos gânglios linfáticos (linfonodos) que informam se o câncer invadiu os gânglios próximos, sobretudo na axila.
  • Presença ou não de metástase à distância, ou seja, o fato de o câncer ter ou não se espalhado para outras partes do corpo;
  • Características biológicas do tumor, indicando o grau de agressividade da doença;

Estadios 0 (tumor in situ), I e II

Nessas três fases iniciais, o tumor ainda está limitado à mama ou acomete pequeno número de linfonodos. Há menor chance de haver células tumorais circulando pelo corpo, de maneira que os tratamentos tendem a ser menos agressivos e a chance de cura é mais alta.

Estadio III

Trata-se de uma fase um pouco mais avançada, onde o câncer tem maior tamanho, (podendo acometer a pele da mama e/ou a parede do tórax), ou já se espalhou para um maior numero de linfonodos, mas ainda não alcançou outros locais do corpo. Por isso, é chamado de “câncer de mama localmente avançado”. Exige tratamentos por vezes mais agressivos. Mas ainda há uma grande chance de cura.

Estadio IV

Nesse estádio, o câncer já se espalhou da mama para outros órgãos, como ossos, pulmões e fígado. É chamado de “câncer de mama metastático”.
câncer nessa fase não ser considerável curável, mas sim uma doença crônica, existem muitos tratamentos que podem deixar a doença “dormindo”, aumentado o tempo melhorando a qualidade da vida da paciente.

O que é a metástase?

A metástase do câncer de mama ocorre quando as células cancerígenas se espalham da mama para outras regiões do corpo, caracterizando o estágio avançado da doença. Essas células metastáticas podem atingir órgãos.

O diagnóstico precoce do câncer de mama é essencial para aumentar as chances de cura, reduzindo significativamente o risco de evolução para um quadro metastático.

Como é o tratamento de câncer de mama?

Tendo em vista todas essas “particularidades” que expusemos acima, é fundamental ter em mente que o câncer de mama é distinto para cada paciente. Suas características pessoais (idade, comorbidades, desejos) bem como as características do tumor (tipo, subtipo histológico, estadiamento) fazem do tratamento do câncer de mama um processo extremamente individualizado.

Então, é bastante importante que o tratamento de uma paciente não seja comparado ao de outras.

Atualmente, as possibilidades de tratamento do câncer de mama são inúmeras e podem ser combinadas, tanto para um combate mais efetivo da doença quanto para garantir o maior bem-estar da paciente. A ordem dos tratamentos também pode variar caso a caso.

Tratamentos Locais

Os tratamentos locais visam remover ou destruir o tumor na região da mama e nos tecidos próximos.

Cirurgia

Tem como objetivo principal a retirada completa do tumor.

  • Cirurgia conservadora (Ressecção Segmentar ou Quadrantectomia): Em casos de tumores menores ou mamas de maior volume, a retirada do tumor com uma mínima margem de segurança pode acontecer sem que haja a necessidade de retirada completa da mama.
  • Mastectomia: Em casos de tumores mais extensos ou mamas de menor volume ou ainda em casos de alto risco genético para outros cânceres na mama pode ser que a glândula mamária precise ser retirada completamente. Aqui realizamos a chamada mastectomia, que pode envolver a retirada da mama com a pele, ou a retirada somente do “interior” da mama com a manutenção do envelope de pele, e, por vezes, da aréola e do mamilo.

Na maioria das pacientes, a cirurgia envolve também a abordagem dos linfonodos da axila:

  • Biópsia do linfonodo sentinela: Nos casos em que nenhum exame evidenciou a presença de células tumorais nos linfonodos da axila, realizamos a chamada “biópsia do linfonodo sentinela” – em que usamos técnicas para marcar o primeiro linfonodo (gânglio) que recebe a drenagem da mama. Esse linfonodo (chamado sentinela) é retirado para avaliação e a presença ou não de células tumorais na análise patológica determinará os demais passos do tratamento.
  • Linfadenectomia axilar: Nos casos dos exames de diagnóstico pré-cirurgia ou mesmo durante a cirurgia já mostrarem linfonodos acometidos por células tumorais, é realizada a retirada de um maior número de linfonodos axilares (técnica que é chamada de linfadenectomia, linfonodectomia ou esvaziamento axilar).
  • Radioterapia: É um tratamento que envolve a mama e por vezes axila e parede torácica adjacentes, com base em radiação ionizante que tem o objetivo de destruir ou inibir o crescimento das células tumorais. É composto por sessões diárias de radiação, com duração e área de aplicação determinada pelo radio-oncologista de acordo com as características clínicas da paciente além de características tumorais.

Tratamentos sistêmicos

Os tratamentos sistêmicos atuam em todo o corpo para combater células tumorais que possam ter se espalhado.

  • Quimioterapia: Uso de medicamentos para destruir células tumorais. Pode ser aplicada antes da cirurgia (neoadjuvante) cirurgia com o objetivo de agir nas células tumorais que possam estar circulando pelo corpo além de reduzir o tamanho do tumor na mama após a cirurgia (adjuvante) visando eliminar as eventuais células tumorais remanescentes e, assim, diminuir a chance de recidiva ou metástases.
  • Terapia alvo: São medicações dirigidas a alguns “alvos” específicos na célula, buscando bloqueá-los e barrar o crescimento tumoral (como HER-2, CK4/6 e os próprios receptores hormonais)
  • Hormonioterpia (ou Hormonoterapia): É a terapia que tem como alvo os receptores de estrogênio, de maneira que ela somente é usada naqueles tumores que apresentem este receptor. Este tratamento bloqueia ou diminui a quantidade de hormônio (estrogênio) que chega à célula tumoral. Normalmente a hormonioterapia é administrada por via oral, diariamente, por 5 a 10 anos após o diagnóstico.

A Importância de um tratamento personalizado

O tratamento do câncer de mama é decidido por uma equipe multidisciplinar, considerando as necessidades individuais de cada paciente. O diagnóstico precoce e o acompanhamento contínuo são essenciais para alcançar os melhores resultados e proporcionar uma abordagem humanizada e eficaz.

Prevenção do câncer de mama

Embora nem todos os casos possam ser evitados, é possível reduzir o risco de câncer de mama com medidas preventivas:

  • Estilo de vida saudável: mantenha o peso adequado e pratique atividade física regular.
    Adote uma alimentação balanceada, rica em frutas, vegetais e grãos integrais.
    Evite o consumo excessivo de álcool e o tabagismo.
  • Exames e monitoramento: realize a mamografia regularmente a partir dos 40 anos, ou conforme orientação médica.
    Conheça seu corpo por meio do autoexame das mamas.
    Consulte periodicamente um (a) ginecologista ou mastologista.
  • Histórico Familiar: informe seu/sua médico (a) se houver casos de câncer (principalmente de mama, ovário e pâncreas) na família para um acompanhamento personalizado.
    A conscientização, o diagnóstico precoce e hábitos saudáveis são as melhores formas de proteger sua saúde e aumentar as chances de tratamento eficaz.

Recidiva do câncer de mama

A recidiva do câncer de mama acontece quando a doença retorna após o tratamento inicial, podendo ser local (na mesma região), regional (nos linfonodos próximos) ou à distância (metástase).

O acompanhamento regular com exames é essencial para detectar precocemente e iniciar o tratamento, que pode incluir cirurgia, radioterapia ou terapias sistêmicas, dependendo da localização e extensão da recorrência.

O câncer de mama é uma condição complexa, mas que pode ser enfrentada com eficácia quando há diagnóstico precoce, informações claras e um tratamento adequado e personalizado.
Ao compreender os sintomas, fatores de risco e tipos de tratamento, as pacientes ganham autonomia para tomar decisões informadas e participar ativamente do cuidado com a sua saúde.

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Dra. Danielle M. Matsumoto

Médica - CRM-SP 139.576 -
Especialidade: Ginecologia e Mastologia RQE: 139.576 - RQE: 11.700

Graduada e especializada pela renomada Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), a Dra. Danielle Martin Matsumoto é referência em mastologia e ginecologia. Com vasta experiência, integra o corpo clínico do Hospital Albert Einstein, Hospital Samaritano, Beneficência Portuguesa, Hospital São Luiz e Hospital Sírio-Libanês. Destaca-se pelo atendimento humanizado, promovendo saúde e bem-estar em todas as fases da vida.

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